
Extraído da Revista Viagens e Destinos
Número 20
A Polônia tem 38 milhões de habitantes. Principal cidade turística, Cracóvia – antiga capital da Polônia e Patrimônio Mundial pela Unesco – é considerada o mais belo destino do país.
POR CAROL CAPEL, DE CRACÓVIA

País do Leste Europeu na costa do Mar Báltico, a Polônia é conhecida por sua arquitetura medieval e pela herança judaica. Na cidade de Cracóvia, o Castelo de Wawel, construído no século XIV, eleva-se sobre a antiga cidade medieval, que abriga o Cloth Hall, um entreposto comercial renascentista na Rynek Glówny (praça do mercado). Nas proximidades, está localizado o memorial do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, além da vasta Mina de Sal de Wieliczka, com salões e túneis subterrâneos. Confira!
Moro na Polônia desde fevereiro de 2018 e não tenho pretensão de ir para outro lugar. O clima aqui é quase sempre frio, exceto nos meses de junho, julho e agosto. As temperaturas podem chegar a -22° celsius, em fevereiro, mas a população já é bem acostumada e eu amo o frio. A capital do país é Varsóvia e eu moro em Cracóvia, a segunda maior cidade do país. Sem dúvida, é um lugar para ser conhecido a pé. As atrações estão todas próximas umas das outras, no centro antigo. Consegue-se ir de uma a outra facilmente, num roteiro prático e prazeroso de ser feito. Conhecida como a cidade universitária da Polônia, Cracóvia é uma cidade limpa e muito segura. Pode-se andar de noite pelas ruas, sem maiores problemas, o que é ótimo, pois tem muitas atrações noturnas para quem curte e principalmente para os turistas.


Sendo a cidade mais visitada da Polônia, Cracóvia respira história e cada canto do centro histórico tem uma para contar. A UNESCO reconheceu o seu Centro Histórico como o Primeiro Patrimônio Mundial da Humanidade, em 1978. Inclusive, Hitler estabeleceu sua base aqui, no Castelo de Wawel. Por esse motivo, a região foi uma das menos destruídas durante a Segunda Guerra Mundial. A Polônia é o país do mundo que mais possui igrejas, e na cidade da Cracóvia, você encontra infinitas igrejas, cada uma mais detalhada e decorada que a outra, um mundo de cores, arte e missas. Muitas de las sobreviveram gerações de instabilidade e guerras, e continuam sendo maravilhas arquitetônicas imponentes e também a paixão local pela religião. Não podemos esquecer que o Papa João Paulo II era polonês (Karol Wojtyla – sim, aqui, Karol é nome de homem). Uma das igrejas mais notáveis para visitar é a Basílica de Santa Maria (Bazylika Mariacka), localizada no centro da Cidade Antiga. Esta catedral é um dos mais importantes edifícios da Polônia e um dos destaques da arquitetura secular de Cracóvia. Este símbolo lendário e icônico da praça principal existe desde os anos 1200.
FOTO: 6/07/2015 – FOTO: SCOTCH MIST
Basílica de Santa Maria
O centro histórico de Cracóvia foi inscrito pela UNESCO em 1978 na lista do Patrimônio Mundial. Citada como uma das cidades mais bonitas da Europa, bem como um dos destinos mais particulares no mundo, a cidade tem uma herança cultural
extensa que atravessa as épocas do gótico, renascimento e barroco incluindo a Catedral Wawel e o Castelo Real nas margens do Rio Vístula, a Basílica de Santa Maria, a Igreja dos Santos Pedro e Paulo e a maior praça medieval da Europa,
a Rynek Główny. A cidade é sede de uma das mais antigas e prestigiosas universidades da Europa, a Universidade Jaguelônica (fundada em 1364).
Em 1241, a cidade foi quase completamente destruída pelos tártaros. Foi reconstruída segundo um desenho que permanece inalterado até os dias de hoje. O século XVI foi a idade de ouro de Cracóvia. Sob a influência da dinastia Jaguelônica, Cracóvia tornou-se um centro científico e artístico. Na I Guerra Mundial, Józef Pilsudski dedicou-se a libertar a Polônia e o Tratado de Versalhes (1919) estabeleceu um estado independente polaco pela primeira vez em mais de 100 anos. Este durou até a II Guerra Mundial, quando a Alemanha e a URSS repartiram o país entre si, sendo Cracóvia invadida pela Alemanha em 1939.

ROTA REAL E O PORTÃO DA RUA FLORIANSKA
O Portão de St. Florian (em polonês, Brama Floriańska) é um dos portões da antiga muralha que cercava Cracóvia medieval e que dava acesso à cidade. Era também uma torre de defesa da cidade, mas esta torre de defesa possuía uma torre
de defesa própria, o Barbacã, que fica bem em frente ao portão de St. Florian. O Portão de St. Florian é uma bonita torre gótica do século XIV, que abriga um pequeno museu dentro que você pode visitar.
Ao passar pelo portão da Rua Florianska, você encontra uma infinidade de lojas vendendo de tudo, mas dê atenção especial à direita do portão. Alguns artistas vendem quadros autorais lá. Já o Barbakan Krakowski foi construído por volta do século XIII, tem paredes com 3 metros de espessura e protegia o portão dos ataques. Aliás, ele se mostrou tão bom que virou obra-prima da engenharia militar medieval. Esta construção foi impenetrável e hoje é uma das únicas estruturas de seu tipo na Europa. O lugar pode ser visitado e também abriga exposições temporárias e é um pequeno museu.
Para continuar a ler Viagens e Destinos, pressione o botão abaixo: